domingo, 21 de fevereiro de 2010

Dias de folia

Olá amigos da folia!

Pois é... Nem só de jazz, blues e bossa nova vive este humilde músico! Como com todo bom carioca ,a folia  passa deixando uma ressaca da boa! Foram dias de blocos e mais blocos. Digo que escolhi a dedo e que queria ao máximo me afastar dessa coisa meio "circuito Barra Ondina" de trio elétrico e uma multidão sendo rebocada. É claro que não deu para fugir do Cordão do  Boitatá, mas foi em blocos menores que eu caí na folia tocando a Escaleta, instrumento primo da gaita e do acordeon. Tentei levar a gaita mas não dava. Mesmo com o  sistema de amplificação portátil, eu ficaria em uma enrascada, pois teria que trocar de bateria a cada 30 minutos. A gaita tem um som pequeno não dá para entrar na multidão sem estar eletrificada.
Uma pena... tenho que pensar em algo para o ano que vem. 

A Escaleta velha de guerra foi firme e encontrou vários irmãos no Bloco “Epa Hei! Movimento político monarquista!”. Foi um dia de glória.  Começamos como um cordão de poucos músicos e  tivemos  a compania de quem estava pela frente. Acabamos sendo recebidos pelos foliões que olhavam incrédulos e extasiados na escadaria do Palacio Tiradentes. Emocionante também foi pular ao som do povo do Maranhão no bloco “Mariocas” (agora sim um boi de verdade no samba!) . Para acabar a noite o coreto da  Praça São Salvador reservou uma bela surpresa e depois de um dia de folia e cerveja não tive como resistir e embolei com o pessoal do baião. Só cabra e malucos da noite naquela roda! Muito bom... a cara do sanfoneiro quando comecei a fazer os contra cantos foi algo bárbaro. E para terminar eu mesmo peguei a sanfona e toquei,com todo o respeito. o que eu sei, “sem vacilar sem me exibir, só vim mostrar o que aprendi!”

É isso, Gaita na rua é cultura popular!

Um abraço para Felipe Barros(o organizador do "Epa Hei"), aos meus amigos de folia, Renata, Fred, Gabi, as paulistas, Pedro Araujo (Piranha da foto), Will, os gringos, o colombiano, o desconhecido tocador de caixa que ficou improvisando um som comigo no meio do bloco. E a minha “Nega maluca” Ivia pela alegria e amor.

Michael

ps . A gravação de “Vai passar” foi a minha primeira gravação profissional.  Foi minha primeira demo e era com este tema que eu abria meus shows durante uns cinco anos. No violão Celso Guimarães na percussão Eli Werneck.